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Apresentação de "Tão longo o amor tão curta a vida", de Helder Macedo (Correntes d´Escritas)




http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=617420




Hélder Macedo (n. 1935), poeta, romancista, ensaísta, professor e crítico literário, esteve na apresentação do seu mais recente romance «Tão Longo Amor Tão Curta a Vida» (Presença) nas Correntes d´Escritas. Joana Emídio Marques, jornalista, apresentou a obra e respectivo autor na Casa da Juventude (Póvoa de Varzim).



Hélder Macedo tem construído a sua obra em simultâneo com outras actividades contextualizadas pelo estudo da Língua e Cultura Portuguesa.
É professor Eméritos do Kings College na Universidade de Londres, onde foi titular, até 2004, da Cátedra Camões. Foi Secretário de Estado da Cultura entre 79 e 80.
Recebeu várias distinções: “Comendador da Ordem de Santiago de Espada” (1993), “Prémio Casimiro Dantas” (atribuído pela Academia das Ciências de Lisboa, em 1977), “Prémio Jacinto Prado Coelho” (atribuído pela Associação Internacional de Críticos em 1999), Prémio “PEN Clube Português” (1999).
A pluralidade de géneros literários é característica importante da sua extensa obra.
No ensaio destacam-se, entre profícua publicação, «Camões e a viagem iniciática» (1980), «Nós. Uma leitura de Cesário Verde» (1999), «Conceptual oppositions in the poetry of Camões» e «Portuguese Literary & Cultural Studies, 9».
Na poesia, a primeira publicação surge em 1957 com «Vesperal» e, em 1969, reúne em livro a sua poesia escrita no período 1957-1968. Voltará, em 1979, a reunir em livro a sua poesia escrita entre 1957 e 1977.
Na ficção, encontra elevada aceitação do público. Destaque-se «Partes de África» (1991) e «Sem Nome» (2005) - Prémio PEN Clube Português. «Tão Longo o Amor Tão Curta a Vida» (2013) sucede a «Natália», publicado em 2009.
Em «Tão Longo Amor Tão Curta a Vida», título com origem num verso de Camões, Hélder Macedo constrói um texto literário onde, além de inventar personagens e desenhar um argumento, se reinventa a si próprio na qualidade de ouvinte e contador de histórias.
Hélder Macedo não se esconde.
O leitor perceberá muito cedo que aquele indivíduo que ouve para contar é a personagem Hélder Macedo criada pelo escritor Hélder Macedo.
O autor é responsável pela criação de si próprio como entidade fictícia. Essa criatura é, como o próprio afirma, um simulacro.
«Tão Longo Amor tão Curta a Vida» fundamenta-se na incerteza do papel que o autor atribui a si próprio e, obviamente, na dúvida inerente a um thriller psicológico.
A capacidade que o autor tem em seduzir uma plateia demonstra qualidade e experiência pedagógica. O professor está sempre presente. Ao acompanharmos as diversas intervenções do escritor nas Correntes d´Escritas ficamos com a certeza de que Hélder Macedo tem muito para contar e ensinar.
Os leitores presentes no lançamento do livro, os alunos da Escola Secundária Eça de Queirós e o público que ovacionou o discurso do autor na entrega dos prémios literários, no dia 21, demonstraram admiração pela luz do interior das palavras «sopradas» por Hélder Macedo.

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